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Gaeco prendeu filho de prefeito e secretária na Operação Malebolge

Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 39 (trinta e nove) mandados de busca e apreensão nos Municípios de Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos.

18/02/2025 às 17h39
Por: Redação Fonte: Investiga MS
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Gaeco prendeu filho de prefeito e secretária na Operação Malebolge

A Operação “MALEBOLGE”, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), prendeu o filho de um prefeito e secretarias municipais nesta terça-feira.

Entre os detidos,  filho do atual prefeito de Rochedo, Arino Fernandes (PSDB).

Em Água Clara, foram detidas secretária de Finanças, e duas servidoras da Secretaria de Educação. A reportagem apurou que a investigação começou no município após o então vereador, Alfredo Alexandrino, denunciar entrega irregular de produtos no Município.

Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 39 (trinta e nove) mandados de busca e apreensão nos Municípios de Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos.

A Vigilância Sanitária também interditou uma câmara frigorífica de uma empresa fornecedora de alimentos a prefeituras do interior, devido a irregularidades na conservação de alimentos.

Durante a vistoria na empresa, que fica em Campo Grande, foram encontrados alimentos vencidos, com evidências de estarem impróprios para o consumo dos alunos a quem seriam destinados na rede de ensino. A empresa foi interditada.

Os policiais também apreenderam R$ 9 mil com um dos alvos das medidas judiciais.

Operação

Os policiais investigam uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a Administração Pública instalada nas cidades de Água Clara/MS e de Rochedo/MS, com núcleos de atuação distintos.

Segundo a denúncia, os investigados apresentavam um mesmo modus operandi, encontrando ligação na pessoa de um empresário, que agia como articulador do esquema criminoso em ambos os municípios, mediante a cooptação de servidores públicos, com o auxílio de vários outros empresários.

‘Em resumo, a organização criminosa se valia dos servidores públicos corrompidos para fraudar o caráter competitivo de licitações públicas, direcionando os respectivos certames para beneficiar empresas participantes do esquema delituoso, mediante a elaboração de editais moldados e por meio de simulação de competição legítima, em contratos que ultrapassam a casa dos R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)”.

O pagamento de propina aos agentes públicos que, em típico ato de ofício, atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, como ainda aceleravam os trâmites administrativos necessários aos pagamentos de notas fiscais decorrentes de contratos firmados entre os empresários e o poder público.

Os policiais se valeram ainda de provas obtidasem telefones celulares apreendidos na Operação Turn Off, compartilhadas pelo GECOC mediante autorização judicial, que confirmaram o modus operandi da organização criminosa.

A expressão “Malebolge”, termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. “Malebolge” é a região do inferno onde os fraudadores e corruptos são punidos de acordo com a gravidade de seus pecados. 

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