Morto com cerca de 10 tiros foi investigado em execução e escapou de 2 atentados

Luan tinha passagens por tráfico de drogas e foi investigado no caso da morte de "Bocão", nas Moreninhas

Moradores acompanham trabalho da polícia no local de execução (Foto: Osmar Daniel)

Moradores acompanham trabalho da polícia no local de execução (Foto: Osmar Daniel)

Luan de Oliveira Araújo, 22 anos, executado com cerca de 10 tiros na noite desta quarta-feira (18), no Bairro Moreninha, em Campo Grande, já foi investigado pela morte de Lucas de Moraes Charão, de 26 anos, o "Bocão", ocorrida em novembro de 2020 no mesmo bairro. Além disso, já foi testemunha de outra execução na região.

Luan Araújo estava com amigos no cruzamento das ruas Mururé com Samburá, quando o grupo foi abordado por uma dupla de moto que passou a efetuar vários tiros. Dois rapazes foram atingidos, um no ombro e outro no dedo, sendo socorridos até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Ele já havia sido alvo de outros dois atentados, em 2020.

Luan foi ferido por vários tiros e morreu no local. O boletim de ocorrência discorre que os suspeitos saíram após os primeiros tiros, mas retornaram ao local e dispararam várias vezes contra a cabeça de Luan.

Luan foi atingido a tiros e morreu no local (Foto: Osmar Daniel)

Histórico - Segundo apurado pela reportagem do Campo Grande News, Araújo tem passagens criminais por porte de drogas, tráfico de drogas, perturbação do sossego e dirigir veículo automotor sem permissão.

Luan foi testemunha de uma execução na região das Moreninhas. Além disso, foi vítima de dois ataques a tiros, em fevereiro e outro em abril de 2020, e escapou com vida.

No mesmo ano, em novembro, ocorreu a morte de Lucas Charão, o Bocão, na qual Luan foi investigado. Lucas Charão tinha extensa ficha criminal, e já tinha sido condenado por homicídio, em setembro de 2019. A morte dele foi estopim para vários outros assassinatos no Bairro Moreninha, em uma sequência de vingança com sangue.


O processo referente a morte de Charão corre em segredo de justiça. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS