Evite gafes: saiba o que pega mal nas festas de fim de ano das empresas

Mesmo sendo um momento de descontração, não dá para exagerar. É preciso manter a compostura profissional

(Reprodução, Freepik)

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Está aberta oficialmente a época das confraternizações de fim de ano das empresas e este momento é ideal para conhecer ou estreitar os laços com pessoas de outros departamentos de uma forma muito mais descontraída. E considerando que normalmente estas ocasiões são marcadas por comidas, bebidas e diversão, é preciso ter muito cuidado!

Mesmo sendo um momento de descontração, não dá para exagerar. É preciso manter a compostura profissional e não correr o risco de cometer uma imprudência capaz de afetar tudo o que você conquistou profissionalmente ao longo do ano.

Para que você possa se preparar para a confraternização de fim de ano da sua empresa, conversamos com a Lucia Coletto, consultora de RH, para dar algumas dicas do que não é recomendado durante as festas.

O primeiro ponto muito importante é ter em mente que as confraternizações são uma extensão do ambiente de trabalho. Mesmo sendo em um local fora da empresa e um momento mais descontraído, é importante ter em mente que ali estão seus chefes e colegas de trabalho, portanto, você sempre estará sendo observado.

"Você é a mesma pessoa que é no trabalho. Então, as observações para esse tipo de ambiente, para esse cenário, é que você seja a mesma pessoa que você é no ambiente de trabalho. Um pouco mais descontraído, mas sem exageros", explica Lucia.

Menos é mais

Costumeiramente as empresas providenciam o serviço de comida e bebida para que os colaboradores possam aproveitar ainda mais a festa. E apesar da fartura, não é conveniente que você coma ou beba como se não houvesse amanhã. Se alimente devagar e apenas o que for necessário para saciar sua fome. Em relação ao álcool, o mesmo. Beba com moderação e evite episódios constrangedores ou inconvenientes.

Outro ponto importante é falar o suficiente, proporcionando um espaço tranquilo para que todos possam se expressar. Além disso, é fundamental respeitar todos que estiverem no local e não ser invasivo.

"O menos é mais nesse caso, entendeu? Ser menos invasivo, não entrar em conversas que você não esteve desde o começo e não fazer brincadeiras inadequadas", pontua a especialista.

Se vista apropriadamente

A roupa sem dúvidas é uma maneira de se expressar e o que você escolhe para usar na confraternização da empresa também diz muito sobre você. Por isso, seja inteligente em sua decisão. Roupas justas, curtas ou com transparência exagerada não é recomendado.

"Mesmo que não seja na empresa, o momento é uma extensão do seu trabalho, só que de forma mais descontraída", explica Lucia. "Se você tiver essa mentalidade vai estar tudo certo e a experiência vai ser super positiva. Com isso poderá até reforçar o vínculo no ambiente de trabalho", afirma.

"A partir do momento que você tem bom comportamento, um comportamento estável e apropriado, você traz isso como uma experiência bacana para o seu dia a dia no trabalho. As pessoas vão te olhar e falar: 'Nossa, que pessoa bacana que estava nessa festa'. E aí você surpreende para mais, e não para menos. Esse é o grande segredo das festas corporativas", acrescenta a especialista.

Pode dançar?

Sim! Se tem música tocando, aproveite o momento. Não há nada de errado quanto a isso, mas lembre-se sempre de fazer tudo com muito pudor.

Segundo a especialista, o segredo é "dançar conforme a música", literalmente. Ou seja, com certeza músicas com letras inapropriadas não serão selecionadas para o momento, consequentemente sua dança deve seguir a regra.

Comportamento inapropriado vale demissão?

Sim, algumas situações valem demissão por justa causa e por isso é importante agir com o respaldo e civilidade. No entanto, situações assim são exceções e acontecem quando a pessoa foge muito do controle.

A especialista explica que "se envolver em brigas que causem danos físicos ou materiais ao ambiente" pode levar à demissão dos envolvidos.

Outro ponto importante é seguir com a política da empresa. Se a gestão é mais conservadora ou defende a sustentabilidade, por exemplo, e você fere esse princípio com uma atitude ou fala, o resultado pode ser negativo.

"São alguns traços muito fortes que fazem com que a pessoa, a diretoria, veja que esse colaborador está totalmente fora do engajamento, da política da empresa. E isso se resume a questões pessoais, que a pessoa pode ter comportamento inadequado quanto das questões mais de política interna", explica Lucia.