Queda de helicóptero foi forjada e polícia apura resgate de ocupantes pelo ar

Polícia não constatou sinais de vítimas ou entorpecentes nos destroços da aeronave

Helicóptero caiu em local de difícil acesso em fazenda, em Batayporã. (Foto: Divulgação/Dracco)

Helicóptero caiu em local de difícil acesso em fazenda, em Batayporã. (Foto: Divulgação/Dracco)

O desastre aéreo envolvendo um helicóptero nesta quarta-feira (27), em uma fazenda em Batayporã, cidade a 311 quilômetros de Campo Grande, foi provocado por um pouso forçado e não por uma queda após colisão em árvore, como a polícia havia pensado inicialmente. Em perícia no local, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) verificou que a cauda foi removida manualmente e incendiada para dificultar a identificação da aeronave.

Apesar de não ter sido constatado entorpecentes nos destroços, uma das hipóteses é que o piloto esteja ligado com o tráfico de drogas, mas a possibilidade ainda é apurada. "Uma das linhas de investigação seria o uso da aeronave pelo narcotráfico, até pela rota e as condições de voo. Estamos levantando a situação no local", disse a delegada Ana Cláudia Medina, diretora do Dracco, que está na região com apoio de equipes da Polícia Civil de Batayporã e do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Nova Andradina.

Os policiais localizaram o helicóptero incendiado na Fazenda Santa Ilidia e não há sinais de vítimas, o que aumenta a suspeita de que o piloto tenha agido para dificultar o trabalho de identificação da aeronave.

"Houve um pouso forçado do helicóptero no local e ele teve sua cabine incendiada e a cauda removida manualmente, arrastada até um arbusto, a cerca de 200 metros", explica Medina.

Assim como a cabine, a cauda foi incendiada e ficou completamente destruída. Porém, o Dracco já identificou o prefixo e demais condições da aeronave. Os detalhes não foram divulgados para não trabalhar as investigações.

Os destroços foram removidos do local e a polícia apreendeu galões de combustível que, provavelmente, foram usados para incendiar o helicóptero. Funcionários de uma usina próxima afirmam ter visualizado outra aeronave sobrevoando logo após o incêndio, depois, ela seguiu sentido ao Estado de São Paulo.

O Departamento também apura se os ocupantes do helicóptero foram resgatados do local pela outra aeronave, após o pouso forçado. Já que se trata de um local de difícil acesso e sem sinal de telefone, segundo a delegada ao Campo Grande News.